segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mal estar na civilização

No meu post anterior havia falado sobre "o mal estar na civilização" porque, ao imaginar como diferentes valores estão relacionados a diferentes sociedades, comecei a me questionar sobre algumas coisas, entre elas como o indivíduo se relaciona socialmente, e o papel da religião nisso.

Segundo Freud, a civilização é constituída por instituições (sejam concretas e/ou mentais) que teriam como objetivo organizar a convivência em sociedade e regular suas relações.

Mas qual a diferença entre sociedade e civilização?
"Sociedade refere-se a qualquer grupo ou associação de pessoas que interagem entre si, quer se fale de uma família nuclear (pai-mãe-filho), ou de um complexo internacional que se estende da Europa à Ásia ou Américas. Por outras palavras, podemos entender que a sociedade diz respeito à atividade humana em termos de participação e associação pluri-individual. Deste modo, a cultura influência a sociedade na forma como os indivíduos interagem entre si, mas a sociedade influência a cultura através das atividades desses mesmos indivíduos, atividades essas que formam a cultura" 
(Fonte: http://criarmundos.do.sapo.pt/Antropologia/pesquisacultura006.html)
Há diferentes visões sobre como a sociedade haveria surgido, dentre elas os Contratualistas, como Hobbes, Locke e Rousseau. 
Sobre civilização: 
"Civilização é o estágio de desenvolvimento cultural em que se encontra um determinado povo. Este desenvolvimento cultural é representando pelas técnicas dominadas, relações sociais, crenças, fatores econômicos e criação artística.
O desenvolvimento de uma civilização ocorre lentamente, logo é um processo. Vários fatores podem influenciar no desenvolvimento de uma civilização como, por exemplo, recursos naturais de uma região, clima, proximidade com outra civilização, liderança exercida por um determinado período, etc. Uma civilização pode ser movida pela vontade, de seu povo ou liderança, de acumular riquezas, obter conhecimentos úteis, dominar militarmente outras regiões ou até mesmo buscar a qualidade de vida para as pessoas.
Durante a história, tivemos o desenvolvimento de diversas civilizações com características diferentes. 
A civilização egípcia, por exemplo, caracterizou-se pela concentração de poder e riquezas materiais nas mãos do faraó. Desenvolveram vários conhecimentos com objetivo religioso (preservar o corpo e as riquezas para uma vida após a morte).
A civilização grega se desenvolveu com intuito de aprimorar as capacidades intelectuais, físicas e políticas. Neste contexto, desenvolveram a democracia, as artes, o teatro e muito mais.
A civilização romana dedicou-se ao domínio militar de amplas regiões, como forma de obter poder econômico. Para dominar e organizar as províncias, desenvolver um complexo sistema de leis. Também criaram técnicas de batalha e armamentos sofisticados para a época."(Fonte: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/civilizacao.htm)

Ou seja, não há diferenças entre "sociedade" e "civilização". 

Para ele, a organização social é útil, mas para conviver em sociedade é necessário que nós abdiquemos de alguns impulsos básicos, desejos, que devemos reprimir ou sublimar.

Bom, parece que este processo ocorre em qualquer sociedade (já que toda organização social pressupõe regras, costumes, tradições, estruturas mentais, linguísticas), mas a forma como ocorre difere de uma sociedade para a outra, a forma como vamos lidar com estes impulsos e como eles vão se delinear depois, conforme nos adequamos a este meio, de acordo com fatores históricos, culturais, mas também psíquicos e biológicos. 

Nos organizamos de formas diferentes não através de escolhas conscientes, racionais, mas aprendendo padrões. E da mesma forma que aprendemos padrões, aprendemos crenças, que também constituem a cultura. Quando digo crenças não me refiro apenas as religiosas.

Fonte: http://www.palavraescuta.com.br/textos/o-mal-estar-na-civilizacao-1930-resenha



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